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Mostrando postagens de março, 2012
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‎ " Plantei meu canteiro de flores e pólvora, piso na argina e argila não é nuvem. A emboscada de suor rutila e floresce, vertida de rasgos e alforriada. A peneira, um estilhaço que não germina mas fere, feito navalha no ser." WILMAR SILVA - Moinho de Flechas - p. 23
SAÚDE MENTAL Rubem Alves Fui convidado a fazer uma preleção sobre saúde mental. Os que me convidaram supuseram que eu, na qualidade de psicanalista, deveria ser um especialista no assunto. E eu também pensei. Tanto que aceitei. Mas foi só parar para pensar para me arrepender. Percebi que nada sabia. Eu me explico. Comecei o meu pensamento fazendo uma lista das pessoas que, do meu ponto de vista, tiveram uma vida mental rica e excitante, pessoas cujos livros e obras são alimento para a minha alma. Nietzsche, Fernando Pessoa, Van Gogh, Wittgenstein, Cecília Meireles, Maiakovski. E logo me assustei. Nietzsche ficou louco. Fernando Pessoa era dado à bebida. Van Gogh matou-se. Wittgenstein alegrou-se ao saber que iria morrer em breve: não suportava mais viver com tanta angústia. Cecília Meireles sofria de uma suave depressão crônica. Maiakoviski suicidou-se. Essas eram pessoas lúcidas e profundas que continuarão a ser pão para os vivos muito depois de nós termos sido completament

CYRO DOS ANJOS

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"Em Santana, o Largo de Cima, o de Baixo, a Rua do Bispo - velha estrutura emoldurada pelo hábito - infundia-se confiança, apaziguava-me. Penduravam-se das coisas o mormaço e o tédio, mas o mundo físico sustinha de certo modo o mundo moral. Na álgida Belo Horizonte, não havia escoras. Se me via só, a cidade avultava dentro de mim, ensoberbava-se, negando o afeto que eu, mendigo orgulhoso, pedia sem estender a mão." Cyro dos Anjos - A Menina do Sobrado . Rio de Janeiro: José Olímpio - 1979 pp;275-276
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PARA GOSTAR DE LER - POESIAS - 6                                 Editora Ática
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    "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." Fernando Pessoa

UM DIA...

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Mário Quintana   Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem. Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela... Um dia nós percebemos que as mulheres têm instinto "caçador" e fazem qualquer homem sofrer ... Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável... Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples... Um dia percebemos que o comum não nos atrai... Um dia saberemos que ser classificado como "bonzinho" não é bom... Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você... Um dia saberemos a importância da frase: "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas..." Um dia percebemos que somos muito importantes para alguém, mas não damos valor a isso... Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais... Enfim... Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos

Poema SE

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TRANSCREVO O BELO POEMA "SE", DE HERMÓGENES DE ANDRADE. ANTES, ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE O AUTOR: José Hermógenes de Andrade Filho, mais conhecido como Prof. Hermógenes, é escritor, professor e divulgador brasileiro de hatha ioga. Nascido em 9 de março de 1921, em Natal, Rio Grande do Norte, José Hermógenes de Andrade Filho é considerado o pioneiro em medicina holística no Brasil, com mais de 42 anos de prática e ensino de yoga. Pai de 2 filhas, 6 netos e 4 bisnetos. Filósofo, poeta, escritor e terapeuta, o professor Hermógenes costuma dizer que se sente mais jovem hoje, aos 85 anos, do que se sentia aos 35. Doutor em yogaterapia, título concedido pelo World Development Parliament, da Índia, é o criador do treinamento anti-stress. Se                                                  (Hermógenes de Andrade) Se, ao final desta existência, Alguma ansiedade me restar E conseguir me perturbar; Se eu me debater aflito No conflito, na discórdia... Se ainda ocultar verdades