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Mostrando postagens de janeiro, 2020
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AFETIVIDADE X EU Nunca se falou tanto sobre equívocos nos relacionamentos afetivos e traumas decorrentes dos constantes desenlaces. Nunca se buscou tanto compreender as variáveis desses conflitos e apontar soluções. Na internet, a todo tempo, aparecem receitas infalíveis, velhos e sábios ditados são resgatados, postagens magníficas com chavões surgem em profusão, são criadas algumas mensagens até interessantes em conteúdo, os livros de autoajuda são recomendados e vendidos a rodo... Enfim, as tentativas de salvar as relações humanas desastrosas   ou remediar o sofrimento causado por elas são várias. Então, diante da crise detectada e da demanda por socorro, aparecem as indagações sobre o problema que se alastra: Por que as relações afetivas não prosperam ou duram como antes? Por que os sentimentos se tornaram tão efêmeros? O que fazer para não sofrer tanto com o rompimento? Por que alguns agem com violência numa separação?... E vão por aí afora as perguntas. Falam os fi
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Ao ver esta postagem na web, pensei: esse sentimento também é meu.  E por que isso acontece não só comigo? Avaliadas as hipóteses, é possível concluir que essa mutação em relação ao outro se deve, em parte, às vivências diferenciadas que acumulamos ao longo do tempo. Outra possibilidade é a do engano, que podemos cometer quando, em certo momento histórico, introduzimos uma pessoa em nossas vidas. Há, também, a chance de somente o outro ter mudado, e você não. Dentre todos, o motivo mais provável seja mesmo o movimento natural da vida, que nos leva para caminhos diversos, carregados de bagagens que já possuímos, somadas às que vamos acumulando, em geral bastante variadas em tempo, espaço, substância, intensidade, impacto... e, acima de tudo, em enraizamento. À medida que envelhecemos, a sedimentação de tudo que nos tornamos é inevitável. E, quando a consolidação do que entendemos toma forma definitiva, tudo que não mais cabe naquela dimensão se torna obsoleto e estranh
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DÚVIDAS De pedaços da memória, busco o sentido de existir. De esparsos motivos, retiro fôlego para continuar. Existe esperança? Os dias se arrastam... As horas passam lentas... Só a noite é tão breve! O tempo urge... Haverá amanhã? Uma tênue lembrança sopra a poeira do tempo... Meus instintos despertam um suave desejo de arriscar. Ainda é possível? O coração quer dizer sim, o corpo repara cauteloso e avalia o desafio. Aos poucos, parece pulsar... Ainda terá forças? A razão entra em cena E convoca a prudência Ah, essa velha conhecida! “Precisa ter cautela, não pode mais errar.” Nesse medo persistente, nessa dúvida constante, avalio os riscos. Sem respostas e certeza, Deixo a vida à espera... Nadja Abdo
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CONCEITO Amor, Palavra usada sem pudor, Nomeia sem cautela variados sentimentos. Em essência é abstrato Em matéria, degustável. Amor, Seria nobre se esperasse, seria carne se pudesse... Mas na vastidão do sentido, na busca do prazer, perdeu em substância. Amor, Explicar é complexo, a tarefa é audaciosa. Porém, a pretensão insiste em decanta-lo em verso e exorta-lo em prosa.  Amor, Sabe-se que existe, em formas plurais em âmbito universal, embora não se possa, de modo perfeito, definir seu espectro.  Só prevalece uma certeza: sem amor a vida é nada. Nadja Abdo
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QUEM SOU EU? Eu faço parte de tudo aquilo que vivi, mas não me reconheço em quase nada. Onde eu estava quando perdi o meu amor? Por que proferi palavras contra meus desejos? Que escolhas foram verdadeiramente minhas? Não tenho as respostas; são tantas as indagações! As lembranças me rodeiam, sempre e sempre, quando me deixo levar. Mas tudo se desvanece, quando busco entender como, onde, em que tempo eu me perdi de mim mesma. Quisera me encontrar na menina travessa, na adolescente madura na jovem romântica ou na mulher sonhadora! Quisera, em minha aflição, Descobrir onde me deixei.