Ao ver esta postagem na web, pensei: esse sentimento também é meu. E por que isso acontece não só comigo?




Avaliadas as hipóteses, é possível concluir que essa mutação em relação ao outro se deve, em parte, às vivências diferenciadas que acumulamos ao longo do tempo. Outra possibilidade é a do engano, que podemos cometer quando, em certo momento histórico, introduzimos uma pessoa em nossas vidas. Há, também, a chance de somente o outro ter mudado, e você não. Dentre todos, o motivo mais provável seja mesmo o movimento natural da vida, que nos leva para caminhos diversos, carregados de bagagens que já possuímos, somadas às que vamos acumulando, em geral bastante variadas em tempo, espaço, substância, intensidade, impacto... e, acima de tudo, em enraizamento.
À medida que envelhecemos, a sedimentação de tudo que nos tornamos é inevitável. E, quando a consolidação do que entendemos toma forma definitiva, tudo que não mais cabe naquela dimensão se torna obsoleto e estranho.
“O sentimento é opcional, o afastamento é inevitável.”


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