É CARNAVAL...


Houve um tempo em que todos tinham que expressar alegria e 'cair na folia' do Carnaval. Era lei, quem não entrasse no clima parecia anormal.
Hoje, o que se observa é a liberdade de sentir o Carnaval de maneiras várias: festejando como folião - no coletivo ou em pequenos grupos - recolhendo-se para meditação, recarregando as baterias para enfrentar o novo ano (que no Brasil só começa mesmo depois do Carnaval!), assintindo passivamente à alegria geral ou, até mesmo, aproveitando a folga para ler, passear, curtir a família...
De todas as formas que se pense o Carnaval, uma constatação prevalece: é um tempo surreal, em que a vida parece ter sido desligada da tomada. Uma espécie de intervalo entre a fantasia e a realidade, passando pelo imponderável.

Na festa da carne
corpos se agitam
em alegria compulsória,
enquanto almas dormem
na cadência provisória
de um samba de ocasião.

Na evanescência do
momento,
à espera das cinzas etéreas,
estão planos metas prazos...
Sob a fantasia em andamento,
a vida aguarda paciente.
Nadja

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