Educação Municipal: profissionais desvalorizados!!!
Nadja Neves Abdo
Passado o Carnaval, é hora de enfrentar a realidade com as possibilidades e imposições que ela nos apresenta.
Para a Educação Municipal de Belo Horizonte, o ano não é nada auspicioso. Enquanto todos estavam distraídos com as festas de Natal e Ano Novo, aguardando ansiosamente as merecidas férias, a Câmara Municipal votava o Projeto de Lei que concede 'reajuste' aos servidores municipais, no qual o Prefeito Márcio Lacerda derramou toda a sua 'competência' de empresário para sugar mais de seu funcionalismo. O tal 'reajuste', no tocante à área da Educação, nada mais trouxe que abonos vinculados à produtividade, ou seja, só vai ganhar quem se submeter às condições de produção estabelecidas pelo patrão, cada vez mais pesadas. Desde quando isso pode ser chamado de reajuste? E os aposentados, como ficam nesse plano vinculado à produtividade?
Algumas áreas como Administração e Saúde tiveram melhor sorte, recebendo aumento salarial real. Mas, como sempre, a Educação - ah, tão proclamada em discursos políticos! - foi penalizada e desprestigiada.
Nos últimos dez anos, os educadores municipais sofreram decréscimo salarial gradativo e foram espoliados em vários direitos adquiridos, tais como aposentadoria e reuniões pedagógicas. E o pior: a força sindical vem perdendo prestígio na mesma proporção em que se verifica um preocupante conformismo dos docentes.
Nesse quadro de desalento, inicia-se uma nova década. Até quando falaremos de "qualidade da Educação" sem exigir que ela comece pela valorização de seus profissionais?

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